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Três Policiais Militares do Cariri cearense estão sendo investigados por suposto suborno contra vítima

Os três PMs cearenses são suspeitos de cobrar R$ 150 mil de um homem para não matá-lo. O crime teria acontecido em janeiro deste ano.

Por Luiz Adriano

11/03/2021 às 13h21 • atualizado em 11/03/2021 às 13h24

Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) do Ceará.

Três policiais militares do Ceará que foram presos por agentes da Delegacia Regional do Crato, no Cariri cearense, em 10 de fevereiro deste ano, serão jugados através da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), que abriu, nesta quarta-feira (10), conselho de disciplina para apurar a conduta do trio.

Os cargos ocupados pelos policiais são respectivamente: sargento, cabo e soldado. Eles são suspeitos de praticar o crime de extorsão mediante sequestro e já são réus na Justiça do Estado.

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Os PMs, que continuam detidos, teriam cobrado R$ 150 mil de um homem para não matá-lo. O crime ocorreu em 28 de janeiro de 2021. A vítima teria sido abordada por quatro policiais militares e em seguida conduzida a um loteamento na Vila São Bento, no Crato. Ao chegar nesse local, teria havido a exigência do valor cobrado para ele não ser morto.

A denúncia apresentada pelo Ministério Público do Ceará em 18 de fevereiro foi aceita pelo juiz Antonio Vandemberg Francelino Freitas, da 2ª Vara Criminal da Comarca do Crato.

Segundo a portaria da CGD, o controlador Rodrigo Bona Carneiro afirma que “a documentação acostada aos autos consolida de forma clara e cristalina, os indícios de autoria e materialidade”.

AFASTAMENTO/OUTROS CRIMES

A Controladoria afastou preventivamente os três militares das suas funções. O sargento, que estava lotado na Célula Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), de Juazeiro do Norte, foi retirado da atividade em 16 de fevereiro. O referido PM passou quase cinco anos atuando nas atividades de aviação da Secretaria da Segurança.

O cabo teve uma pistola e uma balaclava apreendidas em Juazeiro do Norte, em fevereiro do ano passado. De acordo com a Polícia Civil, o PM estava com uma pistola .40, sem registro, e carregada com 16 munições. O indivíduo já respondia, à época, por homicídio doloso e porte ilegal de arma de fogo. O homem pertence à corporação desde 2009.

Por último, o soldado, também foi detido em fevereiro do ano passado após atear fogo em um veículo particular no município do Crato. Câmeras de segurança flagraram o momento do crime. O PM teria incendiado o carro da vítima por ela ter feito críticas, em uma rede social, contra o motim da Polícia Militar, que havia acabado de se iniciar no Ceará. O policial foi afastado pela CGD, também em 2020, por integrar o movimento criminoso militar.

SALÁRIOS PERMANECEM

Os três PMs continuam tendo seus salário sendo pagos pelo Estado, alguns, inclusive com gratificações por “defesa social e cidadania” e “qualificação profissional”. Mesmo com toda a ficha criminal, o portal da transparência mostra que os vencimentos de fevereiro foram pagos normalmente.

O portal de Notícias G1 do Ceará questionou a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e a Polícia Militar do Ceará (PMCE) para ter ciência do porquê os proventos se mantiveram, bem como saber das gratificações, no entanto, ambas as entidades informaram que qualquer posicionamento seria dado pela CGD.

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