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Dançarina morta em ação policial na Bahia é velada em Fortaleza

Jovem foi morta após ser atingida por tiros durante uma ação policial na cidade de Irecê, no Norte da Bahia.

Por Por Lena Sena e Leabem Monteiro, G1 CE

07/07/2019 às 08h29 • atualizado em 07/07/2019 às 08h38

Dançarina morreu em confronto policial. (Foto: Reprodução Instagram)

O corpo da dançarina Gabriela Amorim, de 25 anos, morta durante uma ação policial na Bahia, está sendo velado em Fortaleza, na casa dos pais da vítima, na noite deste sábado (6). A jovem fazia parte da Banda Sala de Reboco, que teve o sanfoneiro e a cantora também baleados na cidade de Irecê. O advogado do grupo contesta a versão da polícia sobre os tiros que atingiram o veículo onde as vítimas estavam.

O corpo de Gabriela chegou a residência, na Rua das Margaridas, no Parque Santa Rosa, por volta das 22h30. Além dos familiares, amigos e moradores da região aguardavam no local para prestar as últimas homenagens a jovem.

A dançarina era a primogênita e única mulher dos três filhos de João Bosco. O pai da vítima relembra a última vez que falou com a filha.

“Ela passou o dia sem falar comigo e eu enviei um áudio para ela. ‘Gabriela cadê você que não dá notícia para a gente’? O que está acontecendo? ‘“ . Ela retornou pra mim e disse: “Papai é porque a gente chega muito cansado da festa e vai dormir. Não tem condições de falar com ninguém, mas está tudo bem”. E mostrou as outras meninas da banda com ela, todas alegres e sorridentes.

Carro atingido por tiros

Segundo o pai da dançarina, a mãe de Gabriela chegou a pedir para ela não ir para a viagem na Bahia, mas ela respondeu que “iria porque gostava de dançar”. “Infelizmente ela foi andando e está voltando sem vida”, lamenta João.

A jovem era mãe de um garoto de 6 anos, que ficará sob o cuidado dos avós. Além de dançar, atualmente Gabriela também fazia um curso de enfermagem.

Conforme Graça Amorim, a sobrinha era uma pessoa brincalhona e muito amada por todos da família. “Ela se destacava, pois tudo que ia fazer era com muito amor. Não tinha um desafio que a Gabriela não enfrentasse”, relembra.

A família pede justiça pela morte de Gabriela e deseja que o caso seja esclarecido. “Só justiça mesmo para amenizar. Não vai trazer ela de volta, mas para não acontecer com outras como aconteceu com ela”, afirma o pai da jovem.

Versão da PM
Em nota, a polícia militar da Bahia havia informado que “Uma guarnição da unidade flagrou um veículo modelo Hilux SW4, de cor preta, trafegando na contramão, no centro do município de Irecê, e iniciou o acompanhamento ao perceber que o motorista permanecia com uma direção perigosa. Dessa forma, foi pedido apoio ao 7º Batalhão e formado o primeiro bloqueio, na altura da Rua 1º de Janeiro. O condutor não respeitou o alerta de parada e um novo bloqueio foi estabelecido por equipes do 7º Batalhão, desta vez na Avenida Santos Lopes”.

Fonte: Por Lena Sena e Leabem Monteiro, G1 CE - https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2019/07/07/dancarina-morta-em-acao-policial-na-bahia-e-velada-em-fortaleza.ghtml

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