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Mais de seis mil empresas já fecharam suas portas em 2017 no interior do Ceará

Dados consideram, ainda, redução de 23,9% na abertura de novos negócios, comparando junho a julho.

Por Diário do Sertão

05/09/2017 às 07h53

Portas fechadas do comércio do Centro. Foto: Reprodução da internet

A abertura de novos negócios no Interior do Estado, considerando a indústria, comércio e serviços, sofreu uma redução de 23,9% de junho a julho. Além disso, os números de negócios formais instalados nas regiões com Produto Interno Bruno (PIB) inferior à Região Metropolitana foi, no mês passado, 21,1% menor do que em junho. Os
dados são da Junta Comercial do Ceará (Jucec), vinculada à Secretaria da Fazenda do Estado.

A crise econômica tem apresentado percentuais preocupantes em relação à extinção de empresas no comparativo de 2015 e 2016. No setor da indústria, a queda foi de 40,41%; 31,67% no comércio e 38,36% no segmento de serviços, ainda de acordo com dados que são acompanhados a cada mês pela Junta Comercial.

Empobrecimento
Para o economista André Carvalho, da Civitas Consultoria e Assessoria, o fato é que se está abrindo menos emprego neste ano do que em relação ao ano passado. De janeiro a julho, abriram 12.527 empresas a menos em relação ao mesmo período de 2016. “Por conta disso, houve também menos fechamento de empresas, ou seja, 3.396 empresas a menos em relação ao ano anterior. “O que nós notamos é que, quando se compara os números de 2015 e 2016, pode-se perceber que havia uma motivação e até uma expectativa de reversão do quadro econômico do País. Já neste ano, essa expectativa, traduzida pelo número menor de criação de empresas, resultou em números fracos,
especialmente pela diminuição do lastro econômico que as empresas passaram a se ressentir. André explica que isso leva a um quadro de empobrecimento, uma vez que menos emprego ocasiona menos renda.

Perdas
De acordo com dados do Ipece, o Ceará vinha num crescente de geração de empregos celetistas anualmente. Em 2011, foram gerados 58.968 empregos celetistas. Em 2012, 42.463. Em 2013, 51.461. Em 2014, foram 48.021. A partir de 2015, não há mais criação e sim perdas.

Naquele ano, a diminuição dos empregos celetistas foi de 34.336. Já em 2016, 37.147. Em 2017, a perda de emprego já foi de 14.486 num período de seis meses (de janeiro a junho).

CEARÁ 1 com Diário do Nordeste

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