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VÍDEO: Catadores de material reciclável de Ipaumirim fazem apelo às autoridades por separação do lixo

Os catadores reclamaram que o lixo dos cemitérios e dos hospitais tem chegado misturado com os demais resíduos, o que dificulta o trabalho e coloca em risco a saúde.

Por Luiz Adriano

28/04/2021 às 19h23 • atualizado em 28/04/2021 às 19h26

A TV Sul Cariri, afiliada da TV Diário do Sertão, no Ceará, foi até o lixão municipal de Ipaumirim, na região do Centro-Sul cearense, e viu de perto como os catadores vivem e dependem do trabalho de catar resíduos para sobreviverem, e assim levar o pão de cada dia para suas casas.

Além das dificuldades e do perigo, os catadores reclamaram que o lixo dos cemitérios e dos hospitais tem chegado até o lixão misturado com os demais resíduos, o que dificulta o trabalho e coloca em risco a saúde.

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A Srª Simonica Maria da Silva fez um apelo à prefeitura para que possa resolver o problema: “A gente pede encarecidamente aos órgãos que faça isso por a gente, separe esse material, o material que vem do hospital, que também venha cavar um buraco para jogar isso para não misturar com o lixo. Porque a prefeitura tem carro para coletar esses lixos, um só para os paus, outro para o hospital e um para o cemitério, que quando acontecer isso eles cavem uma cova e joguem os restos mortais, os caixões, queimem, mas não mandem para cá, porque a gente tá correndo o risco de pegar uma doença”, explicou.

O catador Irismar da Silva disse que já levou cortes pelo fato do lixo chegar misturado com vidros. Ele também pediu às autoridades que resolvessem a situação: “A gente pediu que viesse o material separado, porque tava vindo tudo junto. Os paus misturado com as reciclagens, o entulho misturado, ai para a gente ta sendo muito difícil. A gente fica tentando procurar meio para sair daquilo dali, porque a gente leva corte aqui. Se eles puder separar o material reciclado, a sacola, o papelão, o ferro, se eles não colocar junto com o vidro vai ficar mais fácil para a gente”, pontuou Irismar.

Maria Lúcia, conhecida como Lucinha, também é catadora e pediu ajuda ao prefeito para compras de materiais de trabalho como luvas por exemplo. “A gente tá aqui porque a gente precisa, a gente não tem trabalho. A gente queria pedir aos nossos governantes, o nosso prefeito Puíca, que olhasse um pouco para nós aqui. A luva a gente tem que comprar, se a gente não tiver dinheiro a gente não tem”, falou Maria Lúcia.

Lixão municipal de Ipaumirim-CE. Catadores reclamam de lixo de hospitais e cemitério.

A vida dos catadores é de fato um desafio. Maria Irene da Silva pediu ajuda e explicou quem de fato são essas pessoas que vivem de catar reciclagem para sobreviver: “Somos mães de família, pais de família, então pessoal, ajuda nós por favor!”, concluiu.

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