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Cresce interesse por cão que entrou sozinho em clínica veterinária, no Cariri cearense

O cachorro que tem 11 meses, entrou sozinho em uma clínica veterinária de Juazeiro do Norte e recebeu atendimento. Após exames, foi constatado um tumor e o animal está sendo tratado por profissionais da unidade de saúde.

Por Luiz Adriano

11/03/2021 às 16h11 • atualizado em 11/03/2021 às 16h16

A veterinária Dayse Silva com o cachorro que está em tratamento e em breve estará disponível para adoção. (Foto: Ricardo Rodrigues/Arquivo pessoal).

Um cachorro de 11 meses que ficou conhecido através de sua atitude em entrar sem acompanhante numa clínica veterinária, no centro de Juazeiro do Norte, no Cariri cearense, no último sábado (06), após ser atendido, e a história tomar repercussão nas redes sociais, a demanda de pessoas querendo adotar o animal tem crescido sobremaneira nos últimos dias, a ponto de haver interesse não só do Ceará, mas do Rio de janeiro e Brasília.

A atitude do animal foi registrada por câmeras de segurança da clínica. A imagem mostra o momento em que o cão entra mancando no estabelecimento. É possível perceber o movimento que o cão fez com uma das patas, subentendendo que ele quisesse chamar a atenção como forma de pedir ajuda.

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A veterinária fez uma rápida verificação e constatou um ferimento na pata do cachorro provocado por uma unha encravada. Foram realizados exames e os profissionais perceberam um tumor na região peniana. Foi iniciado o tratamento de quimioterapia e o cão vem reagindo bem ao procedimento. Segundo a médica veterinária, todo o processo de cuidados irá durar por cerca de 30 dias, quando então estará disponível para adoção.

O cão entrou sozinho mancando de uma pata, em uma clínica, no centro de Juazeiro do Norte.

INTERESSE POR ADOÇÃO

Cerca de dez pessoas já demonstraram interesse em adotar o cachorro vira-lata. A veterinária Dayse Silva afirmou que a maioria dos interessados em se tornar tutor do cão é da cidade de Juazeiro do Norte, mas segundo ela, já houve procura de pessoas de fora do Ceará, como Brasília e Rio de Janeiro. “Eu tenho preferência que a pessoa seja aqui da região, porque vai ser um local que eu vou poder acompanhar pessoalmente as condições para abrigá-lo”, ressaltou.

O cachorro ainda não tem nome. A veterinária disse que irá deixar essa parte para as pessoas responsáveis pela adoção do animal.

Dayse destacou alguns requisitos para que o pretendente possa disponibilizar ao adotar o animal. “Ele é um cachorrinho de médio porte, brincalhão, ele precisa de espaço para correr. Como todo animalzinho ele vai precisar de ir ao veterinário, de medicação, uma alimentação de qualidade e de vacinação. Não que ele seja diferente de outros pets, e também não precisa ser uma pessoa rica, mas que tenha a mínima condição financeira de mantê-lo”, explicou.

DOAÇÕES

Foi acionada nas redes sociais uma campanha com o intuito de arrecadar recursos para ajudar no pagamento das despesas do tratamento do cachorro. A demanda de doações disparou desde a divulgação do caso. A meta de R$ 4 mil foi superada poucas horas depois do início da campanha. Na noite desta quarta-feira (10) mais de R$ 11 mil já tinham sido doados.

Segundo os organizadores da campanha, o valor que ultrapassou a pretensão inicial será revertido para ONGs da região que acolhem animais de rua.

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