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VÍDEO: Confeiteira de Mauriti (CE) é assunto na imprensa nacional com sua maneira inusitada de entregar bolos

Gorete entrega bolos há 17 anos, mas só agora seu trabalho tem chamado atenção graças aos vídeos mostrando a forma inusitada como ela leva as encomendas

Por Jocivan Pinheiro

05/02/2023 às 13h07 • atualizado em 05/02/2023 às 13h15

Quando começou a postar vídeos nas redes sociais mostrando sua batalha diária para ajudar a colocar o pão de cada dia na mesa, a trabalhadora autônoma Gorete Nogueira, 39 anos, não esperava que em tão pouco tempo fosse se tornar assunto na imprensa.

Gorete é confeiteira e entrega bolos na cidade de Mauriti, no Ceará, há 17 anos. Apesar de estar no ramo há tanto tempo, só agora seu trabalho tem chamado atenção graças aos vídeos mostrando a forma inusitada como ela entrega as encomendas. Com muita força e habilidade, a confeiteira faz o transporte na garupa de uma moto equilibrando os bolos na cabeça. Ela conta que consegue levar até 25 kg. Os vídeos repercutiram e ela acabou sendo assunto em uma matéria do portal UOL.

“Comecei a entregar meus bolos de moto há quase 10 anos, porque terminei um bolo já bem atrasada, e vi que não ia dar tempo de chegar. Pedi que ele [o ex-marido] me levasse. Na hora, ele disse que eu era ‘doida’, mas eu sabia que ia dar certo. Entregamos em bem menos tempo, porque eu só entregava a pé”, contou a comerciante na matéria.

Agora, a motocicleta é pilotada pela filha da confeiteira, Ana Clara, de 18 anos. Foi por causa da jovem que Gorete começou a fazer bolos quando era mãe solo e precisava sustentar a criança.

Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Gorete entregando bolos (Imagem: Reprodução/Redes Sociais)

Gorete conta que, por não ter carro próprio, fazia as entregas a pé. Porém, aconteceu um episódio que mudou tudo. Sem tempo para andar até a casa de uma cliente e por ser muito caro pagar o frete a um motorista, ela propôs ao ex-marido que a levasse numa motocicleta.

“Vi em mim uma obrigação, um compromisso muito grande de criar uma filha sozinha, já que o pai não assumiu. Então, comecei a fazer bolos bem simples, bem caseiros, vendendo em escola e de porta em porta. E, então, fui criando gosto aprimorando. Fiz até um forno a lenha, porque nem fogão a gás eu tinha. Não tinha quase nada, mas tinha a vida e tinha a coragem”, lembra.

Os bolos são transportados na cabeça da confeiteira por até 8 quilômetros. Ela garante já ter levado até três bolos por vez, alguns de três andares e pesando até 25 quilos. Ela diz que os clientes não se incomodam com a firma da entrega e que, na maioria das vezes, não cobra o frete.

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