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VÍDEO: “A inflação está desancorada”, avalia assessor de investimentos sobre dados de abril do IBGE

A inflação brasileira desacelerou para 0,43% em abril, mas acumula 5,53% em 12 meses e permanece acima da meta do Banco Central

Por Fernando Alencar

09/05/2025 às 19h27

Mesmo com desaceleração no índice geral, a inflação brasileira segue pressionada, especialmente pelo aumento nos preços dos alimentos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisados pelo assessor de investimentos Elan Nascimento na coluna Economia, do programa Olho Vuvo, da Rede Diário do Sertão. Ele destacou o descompasso com a meta do Banco Central.

“Os dados mostraram que em abril o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, teve uma alta de 0,43% no mês de abril. A inflação, de um modo geral, desacelerou. Ou seja, ela continuou subindo, mas em um patamar menor”, explicou Nascimento, lembrando que em março a alta foi de 0,56%. Apesar da desaceleração, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 5,53%, permanecendo acima do teto da meta, que é de 4,5%.

“Então, se nós pegarmos a margem máxima, que é 4,5% ao ano, e compararmos com esse acumulado dos últimos 12 meses, que é 5,53%, então a inflação está desancorada, ela não está no centro na meta”, pontuou.

Segundo o IBGE, o maior impacto no índice de abril veio novamente do grupo alimentação e bebidas, que subiu 0,82%, puxado por itens como batata inglesa (18,29%), tomate (14,32%) e café moído (4,48%). Nascimento detalhou que “a alimentação no domicílio subiu 0,83%, e a alimentação fora de casa teve uma alta de 0,80%”.

O segundo grupo que mais influenciou a inflação foi o de saúde e cuidados pessoais, com alta de 1,18%, impulsionado pelo reajuste autorizado de até 5,09% nos medicamentos desde o fim de março. “Esse reajuste no preço dos medicamentos elevou agora em abril o gasto, o preço dos itens do grupo saúde e cuidados pessoais, que foi o segundo grupo que mais pesou na inflação de abril, depois do grupo de alimentação e bebidas”, comentou.

Já os grupos de serviços e transportes apresentaram alívio em relação ao mês anterior. “No grupo dos serviços, a inflação desacelerou. Ela saiu de 0,62% em março para 0,20% agora no mês de abril”, afirmou. No setor de transportes, a inflação foi de 0,38%, após 0,46% em março, influenciada por quedas em passagens aéreas e combustíveis.

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