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Seca castiga região Nordeste e passa atingir 100% do território do Ceará apenas esse ano

Dados mostram que houve um avanço, principalmente, do grau mais crítico.

Por Campelo Sousa

20/10/2017 às 08h54

Em virtude dos baixos índices pluviométricos que historicamente são esperados até novembro, a tendência é de piora no grau de severidade da seca em todas as regiões do Ceará até, pelo menos, a chegada das chuvas de Pré-Estação, em dezembro.

O mais recente mapa do Monitor de Secas do Nordeste aponta que 100% do território do Ceará foi atingido por algum nível de seca, que varia de fraca a excepcional. Os dados divulgados pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) mostram que houve um avanço, principalmente, do grau mais crítico.

Em agosto, o Monitor mostrava que o Ceará ainda tinha 19,8% sem seca, já no último mês, o índice caiu para zero. Já a área com seca extrema, que era apenas de 5,28%, praticamente dobrou em setembro, passando para 10,75%, atingindo municípios das macrorregiões do Cariri, Sertão Central e Inhamuns.

Ausência de chuvas
Para o supervisor da Unidade de Tempo e Clima da Funceme, Raul Fritz, a ausência de chuvas nesta época é um fator muito importante para a variação da severidade da seca. Mesmo diante do atual cenário, ele lembra que a quadra chuvosa observada neste ano permitiu que os índices não fossem críticos quanto os registrados em setembro do ano passado. Naquela época, o nível mais extremo de seca atingia 34,38% do Estado.

Como as precipitações de 2017 atingiram principalmente a porção Norte do Estado, o Centro-Sul acabou sendo o mais afetado. Apesar disto, em razão desta variação observada, os impactos também se intensificaram. Na parte Norte, os impactos passaram a ser de curto prazo, atingindo, principalmente, agricultura e pastagens.
Fritz lembra ainda que, em virtude dos baixos índices pluviométricos que historicamente são es
perados até novembro, a tendência é de piora no grau de severidade da seca em todas as regiões do Ceará até, pelo menos, a chegada das chuvas de Pré-Estação, em dezembro.

DIÁRIO DO SERTÃO com G1/CE

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